Death of Honor
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Uma Caixa de Areia - Fiction

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Post  Renato Thu Jul 17, 2008 8:09 pm

Os mistérios da Tumba dos Sete Trovões começam a ser revelados. O que será que os Perdidos e os Nezumis resgataram?


Uma Caixa de Areia

[align=right]Escrito por Fred Wan
Traduzido por Thiago Hayashi
[/align]

Fora da Tumba dos Sete Trovões
Akuma arremessou Maw, derrubando as costas da criatura com a fúria de seus golpes, o chão tremia enquanto Maw recolhia-se e então investia, mordendo com suas mandíbulas massivas, seus dentes pingando com sangue e restos dos homens que já devorara. Isso quase derrubou Akuma, mas enquanto o Lorde Oni mantinha sua posição, Maw mordia a carne corrompida. Akuma golpeou as costas da criatura, tentando força-lo a soltá-lo, mas não adiantou. As mandíbulas de Maw apertavam-se e mordia ainda mais fundo, enquanto Akuma urrava de dor. O barulho era tão terrível, tão estarrecedor, que aqueles que lutavam perto das grandes bestas caíam ao chão gemendo em agonia com o som.

O poderoso Akuma tinha que terminar isso apesar da dor ao seu lado, e agarrou Maw pelo pescoço. E quanto mais Maw apertava suas mandíbulas, Akuma apertava ainda mais seus braços. Os dois Golias permaneceram travados em sua dança mortal por segundos que se tornaram minutos e minutos que pareciam dias.

Aqueles samurais que estiveram alertas o bastante para ouvir o som comparam-no ao som que uma montanha fazia quando era rachada o meio por um terremoto, ou talvez o som de uma árvore secular sendo rachada pelo relâmpago trovão de Osano-Wo, Fortuna do Fogo e Trovão. Talvez, o ruidoso som foi audível em torno do campo de batalha enquanto a força de Akuma tirou Maw de seu entrave mortal na carne de Akuma. Os dentes de Maw, todos maiores que um homem, se soltaram pela magnífica força que Akuma exercia sobre seu inimigo, e Maw gritou numa agonia primata enquanto seu sangue negro jorrava, misturando-se ao visco fétido que saia das feridas de Akuma. Num esforço final, Akuma arrancou Maw e o arremessou, fazendo um estrondo trovejante.

Maw se levantou, segurando suas mandíbulas arruinadas. Akuma estava apenas a uma curta distância, seu abdômen rasgado e ferido da batalha. Os dois se olhavam com ódio explícito apenas por um momento, e então ambos rugiram um último e desafiante grito de fúria e investiram um contra o outro.

Quando os dois colossos se colidiram, as presas de Maw fincaram-se nos ombros de Akuma, separando grandes porções de carne dos ossos. Akuma ignorou a dor, pressionando ambas as mãos no fino pescoço de Maw e espremendo-o com toda a sua força. O rasgo em seus ombros se intensificou, e então entrou numa energia caótica quando Maw se esforçou para respirar. Sentindo a vitória, Akuma moveu suas mãos e prendeu o inimigo pelas mandíbulas, então as separou com toda sua sinistra e sobrenatural força.

O som de rasgo da morte de Maw foi além de terrível. Dos poucos humanos ainda vivos, cada vez menos a cada segundo, muitos gritavam também, suas mentes cedendo ao horror ímpar do que estavam testemunhando. Akuma jogou as mandíbulas que tinha em cada mão, deixando-as sobre o massivo, rapidamente moribundo corpo de seu inimigo. A sede de sangue ainda estava sobre ele, e ele ergueu sua cabeça aos céus e berrou sua raiva, ódio e sede de morte numa tal cacofonia de dor que as finas e baixas nuvens se espalharam. A fera se virou, sedenta para continuar sua matança.

E então ela parou, sua raiva de batalha dissipada num instante.

Pelo campo de batalha, havia um simples humano no qual os olhos atentos de Akuma se fixaram instantaneamente. O humano estava coberto num fogo branco, e tudo dentro da proximidade imediata do humano era queimado em chamas de incomparável calor. O fogo começou a se espalhar, pulando de um demônio para outro, não poupando nada em seu caminho enquanto aumentava. Akuma não sabia o que era, nem conhecia a fonte desse fogo, mas conhecia o sentimento que brotava em seu peito quando olhou para o humano ardente. Ele sentiu essa sensação talvez duas vezes em toda sua existência, e não gostou da experiência. Era medo.

Oni no Akuma, maior dos lordes demoníacos, saltava para longe de sua matança sem se alimentar. Tampando as terríveis feridas em seu abdômen, o lorde demônio correu do fogo branco, de alguma maneira certo de que se o fogo tocasse sua carne, também conheceria o doloroso esquecimento da morte.

O lorde demônio não parou. Quando ouviu os distantes gritos de agonia, e quando sentiu a onda de calor que varria rapidamente o campo de batalha atrás dele, e ele só correu mais rápido ainda.







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Daigotsu Rekai observava a área ao redor da Tumba. Ela esperava ver a carnificina — a batalha entre os onis e os samurais que a exigiram — mas não esperava por isso.

Tudo estava preto e queimado. Onde estavam onis, havia apenas seus restos. Algo caiu sobre onde eles estava, com tamanha força que foram parcialmente liquefeitos. Ela diria que em um dia ou dois, não sobraria nada para marcar suas mortes.

Os corpos dos samurais estavam caídos como se algo os tivesse afetado, mas não da mesma maneira. Os corpos estavam todos queimados, mesmo que não houvesse evidência de fogo sobre eles, exceto a negra descoloração. Faces se foram e membros foram arrancados — apesar das roupas e armaduras permanecerem intactas.

Quando se aproximava da tumba, levando seu cavalo atrás dela, ela achou a armadura que uma vez marcou o Campeão de Esmeralda. Estava enegrecida e contorcida como todo o resto, mas havia ainda alguma cor restante nela. Talvez a qualidade da armadura era tanta que tenha durado, ou talvez o pequeno lago sobre o qual estava tivesse sido algo maior, algo que a tenha abrigado da explosão. Pouco importava. O corpo de Hachi estava desfigurado como o resto, mas não havia como errar. Ela tinha o visto várias vezes para se enganar agora. Enquanto os olhos de Rekai olhavam em volta, procurando pela espada de Hachi, houve um som de movimento. Ela saltou em prontidão, sacando sua katana no tempo de uma batida do coração, pronta para enfrentar o que quer que tenha sobrevivido à carnificina.

“Um gasto sem sentido,” disse uma voz por trás dela. A profunda voz ressoou com poder, e as palavras carregavam um sotaque que Rekai não conhecia. A criatura era humanóide, mas não diria ser um homem. A coisa era mais alta que um homem, e não tinha nenhum tipo de cabelo. Sua carne amarelada repleta de músculos e cicatrizes, e seu escuro, salpicado marrom parecia artificial de alguma maneira.

“Quem é você e quais são seus negócios?”

“Não tem necessidade dessa espada, Rekai. Não hoje. Como você, sirvo àquele que governa esta terra. Sirvo Daigotsu, apesar de não ter adotado seu nome como você. Sou chamado de Lorde Ghul.”

Rekai moveu-se. Ela nunca tinha visto essa criatura além do deserto, mas ela ouviu falar dele. Os contos eram grotescos. Ela pensou se no passado eles podiam ser verdade. E decidiu que não seriam. Agora, ela não estava certa. “Por que você está aqui?”

O Lorde Ghul moveu sua cabeça, triste. “Vim dar a esses samurais o privilégio de servirem a Daigotsu, mas parece que não será possível. As circunstâncias de suas mortes os deixaram inúteis mesmo para servos dementados.”

Rekai olhou com desgosto ao imenso desperdício. Ela retornou para procurar o horizonte. “Qual a extensão disso?”

“Quase um quilômetro e meio, centrado na tumba. Nada sobreviveu.”

“Que força teria causado isso?” ela exigiu. “demônios de Kyoso?”

O Lorde Ghul riu. “Ridículo. Os humanos não teriam chance de sobrevivência. Kyoso nunca sacrificaria seu exército inteiro apenas para mata-los alguns minutos antes. Nem mesmo ela é tão furiosa e petulante. Não, foi isso aqui.” Ele apontou a uma pilha torta de cinzas a uma curta distância. “Posso sentir o poder dentro dele. Havia duas coisas que posso sentir em toda essa destruição, e este foi o responsável pela devastação que vê à sua volta. Fede a isso.”

Rekai seguiu a direção apontada até que achou o que foi outrora Toturi Naseru, o Imperador Virtuoso de Rokugan. Seu corpo estava em piores condições que os outros, pouco mais que uma pilha de cinzas agrupadas nos restos de kimono e armadura, mas foi essa armadura que ela reconheceu. Um brilho de porcelana emanava de sua face, estranhamente com os restos. Rekai o examinou por um momento então pegou uma pequena farpa, não maior que um koku, no que se derreteu a pele do Imperador.

“Sim.” O Lorde Ghul concordou. “Este humano usou isso para destruir tudo que esteve aqui. Seu poder ecoa mesmo agora.”

Rekai guardou a farpa de porcelana em seu obi e devolveu sua atenção àquele que a tirou. “Você disse que haviam duas coisas que você ainda podia sentir no campo de batalha. Se essa é uma, qual é a outra?”

O Lorde Ghul inclinou sua cabeça e se virou para olhar o corcel de Rekai, que relinchou nervosamente e mostrou suas presas à criatura massiva. “Esperava que você pudesse me dizer, já que reside na bolsa de sua montaria. Me chama como uma sirene que nunca ouvi... Por muito tempo. O que quer que você carregue, não é desta terra. Mostre para mim.” Quando Rekai hesitou, fúria apareceu nos olhos o Lorde Ghul. Ele cuspiu enquanto repetiu raivosamente. “Mostre-me!”

Rekai hesitou por um momento, instantaneamente defensiva à insistência da criatura e ameaça de violência. Um simples dedo correu pela bainha de sua espada. Ela podia matar a criatura, disso ela tinha certeza. Ainda assim... Ela estava curiosa. Ela não sabia o que tinha na caixa, e desesperadamente desejava saber. Talvez o Lorde Ghul pudesse ser de algum uso para ela. Ela olhou-o atentamente enquanto desamarrou o pacote do cavalo e expôs o item que acreditava ser uma caixa de netsuke que pegara da Tumba. Ela parecia mais leve do que estava na primeira vez que a levantou. Ela a deixou onde pudesse ver a caixa, mas não toca-la.

A caixa estava coberta de jóias, muito maiores que qualquer outra que Rekai já tenha visto, e era encravada com a imagem de alguma espécie de besouro por toda ela. Era diferente de qualquer coisa no Império, salvo talvez de alguns objetos vagamente similares que ela tenha visto nas terras do Unicórnio em sua juventude. Havia poucas coisas que tivessem adornos similares, mas havia tantos anos que ela não conseguia lembrar-se com certeza daqueles objetos ou para que propósitos serviam além da decoração. Diante dessa visão, os olhos de Lorde Ghul se avivaram com uma luz que nunca tinha visto numa criatura de morte como esta. As jóias pareciam não ser de interesse para ele, porém, pois ele olhava as estranhas fendas ao longo das laterais da caixa. “O que é isso?” ela perguntou.

O Lorde Ghul respondeu Rekai sem remover os olhos da caixa. “Essas inscrições são pictográficos.Nunca vi como esses antes. Posso traduzi-los, se tiver tempo. Dê para mim, se você deseja saber o significado, e descobrirei o segredo por trás deles.”

“Acho que não.” Rekai recuperou a caixa. “A levarei para Daigotsu.”

Os dedos do Ghul Lorde se fecharam quando ela removia a caixa de sua vista. “Sim. Certamente. Lhe acompanharei. Eu posso achar o significado para ele. Estou certo que desejará que o faça. Sim, vamos ver Daigotsu.”

Rekai amarrou o pacote de volta ao cavalo, nunca virando as costas para seu novo companheiro de viagem. “Se acredita que pode manter o passo comigo, pode vir.” Ela fixou sobre ele um olhar perfurante. “Se você me der qualquer razão para acreditar que tentará toma-la de mim, porém, descobrirei se criaturas como você podem continuar a existir com seus corações fora de seus corpos. Compreende?”

A criatura sorriu abertamente e curvou-se de maneira sátira. “Certamente, minha dama,” disse, sua voz ainda mais intensa. “Você não tem nada a temer. Um vassalo de lorde Daigotsu nunca será ferido por mim, exceto sob seu comando.”

“Veremos,” ela disse, e conduziu seu corcel para o sul.
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Post  Renato Thu Jul 17, 2008 8:10 pm

Os Nezumis se espalham quando devem correr. Não são tão tolos quanto os humanos, que mantém suas posições quando não há maneira de vencer. Tik’tch engatinhava sobre o terreno quebradiço, ficando à maior distância das criaturas negras que podia. Os Nezumis concordaram em ajudar o grande chefe humano, mas o grande chefe se foi e eles precisavam retornar às suas tribos.

Ele parou por um momento e farejou o ar, procurando por sinais de perseguição. Não achou nenhum, mas ainda havia um aroma que reconhecia. Oh’krch saltou do arbusto atrás dele, quase jogando-o no chão em sua pressa. “Oh! Tik’tch” o batedor estalou euforicamente. “Apresse! Não podemos parar de mover!”

“Espere, Oh’krch. As bestas negras não perseguindo. Elas lutam contra outros homens. Elas não poupar sua ira para os Nezumis.”

Oh’krch mexeu sua cabeça dolorosamente. “Não podemos dar chance. Devemos levar novo tesouro de volta para chefe-de-guerra. Venha! Venha rápido!”

Oh’krch correu tão rapidamente quanto quando chegara. Tik’tch observava-o ir e pensava se o batedor tinha visto Tik’tch roubar do samurai. A idéia de roubar era algo que os humanos lhes ensinaram. Para Tik’tch, as coisas eram escondidas numa toca perdida, esquecida por incontáveis passados atrás. Como poderia os humanos dizer que aquilo era deles ao invés dos Nezumis? Era tolice, mas humanos eram criaturas tolas. O chefe-de-guerra ficaria bravo? Ele acreditaria que Tik’tch trouxe a ira dos humanos sobre a Fêmur Quebrado? Se fosse, o chefe-de-guerra tomaria o tesouro dele e o devolveria aos humanos.

No fim, suas preocupações eram menos importantes que o senso de dever à Única Tribo, e ele correu atrás do rapidamente desaparecido Oh’krch. Os dois correram por horas. Tic’tch não tinha idéia de onde estavam indo, mas Oh’krch parecia seguir um caminho exato. Não havia dúvida que ele tinha um destino em mente. Em breve eles se acharam nas sombras do grande muro humano. Oh’krch moveu Tik’tch para frente. “Aqui. O Terceiro Bigode nos mostrará o caminho. Venha!”

Tck’tch seguiu Oh’krch enquanto ele escorregou para trás de uma pedra e achou uma pequena abertura na base do muro. Não era grande o bastante para a maioria das criaturas deste lado, ou mesmo muitos humanos para esse assunto. Ele seguiu enquanto o buraco se tornou um túnel e o túnel se tornou um labirinto. Não era longo, porém, antes que Tik’tch pudesse farejar outros de sua raça. Finalmente eles se aproximaram da luz à frente e acharam uma pequena toca, escavada na rocha. Os sobreviventes da tribo Fêmur Quebrado que foram para as Terras Sombrias estavam lá.

“Chefe-de-guerra Set’tch, cria do grande chefe Set’tch’chet. Lhe trazemos algo de grande valor da tumba humana!”
Agora Tik’tch estava em pânico. “Não! É meu e não de sua tribo! Você não irá tomar da Pata Trêmula apenas porque servimos de batedores para os humanos! É meu!”

Antes que Tik’tch pudesse registrar o confuso olhar na face Oh’krch, dois Nezumis apareceram de um túnel diferente. “Você não precisa render seu tesouro à Fêmur Quebrado, Tik’tch, mas nos deixará ver?”

Os olhos do jovem batedor ventaram em surpresa e seus bigodes tremiam nervosamente. “Me desculpe, Chefe-dos-chefes Kan’okt’icheck. Não percebi que estavam aí.”

O grisalho nezumi, seu pêlo branco, falho e cortado de muitas batalhas, dispensava os medos de Tik’tch com um movimento de sua cauda e uma mexida de seus bigodes. “Não se preocupe. Eu apenas quero ver o que você achou.”
Tik’tck concordou e entregou uma pequena bolsa, passando-a para o chefe da Única Tribo. “Peguei isso da enegrecida que cavalgava com os samurais. Parece areia, mas cheira estranho, e estava dentro de uma brilhosa caixa que ela pegou da tumba. Peguei por que eu vi um dos enegrecidos matar Chitik, e me deixou bravo. Quis tomar algo deles, mas tive medo de pegar a caixa. Tive medo que os enegrecidos me matassem.”

Kan’ok’ticheck olhou para a caixa e disse, “Não se preocupe, Tik’tcch. Você fez bez.” O chefe se virou para o chefe-de-guerra do Fêmur. “Isso lhe diz algo, Set’tch?”

O chefe-de-guerra se inclinou para frente e farejou as areias com cuidado, enquanto eles o olhavam. “Esta é similar à areia que está no norte das terras do Fêmur Quebrado,” ele disse. “Uma grande quantidade está lá. Assim como água no grande mar, ou como as terras negras das quais retornamos.”

“Sua tribo lembra das areias,” disse Kan’ok’ticheck quietamente.

“Nossos Lembradores nos contam que havia espíritos malignos entre as areias,” confirmou o chefe-de-guerra. “Coisas negras que nos caçaram muitos ontens atrás. Por isso a Fêmur não seguiu o Açougueiro-Gohei quando ele se foi, os Lembradores dizem. Por que os espíritos na areia nos matariam.”

“Não vejo espíritos,” disse o Chefe-dos-chefes.

“Não,” Set’tch concordou calmamente. “Nenhum espírito.”

“Areia estranha,” Kan’ok’ticheck disse. Ele testou o peso do saco em sua pata por um momento, então se virou para Tik’tch e então para Oh’krch. “Interessante, mas não acho que seja isso que você queira nos mostrar.”

Oh’krch mexeu a cabeça. “Não. Eu nem mesmo conheço isso.” A cabeça de Tik’tch estava baixa.

“Então o que achou?”

“Eu peguei isso da tumba enquanto os humanos reuniam coisas.” Oh’krch mostrou uma ampulheta. “Não sei o que é, mas também contém areia.” Ele passou a ampulheta para Kan’ok’ticheck.

Ele se virou, observando o correr da areia, antes de virá-la de novo. “Isso formiga. Atch-zin, veja isso, por favor.” O nezumi que entrou com Kan’ok’ticheck caminhou para frente. Ele era um velho roedor, coberto num fino e ruivo pêlo. Sua túnica e acessórios diziam que ele era um xamã.

Ele pegou a ampulheta e quase a deixou cair, tirando sua mão como que se queimasse. “É... É... Amanhã.”

Todo nezumi na caverna, exceto por Kan’ok’ticheck, se afastou, para longe da ampulheta. O roedor branco se curvou e disse, “Pode me mostrar, Atch-zin? Mostrar-me o que é isso?”

O nariz do xamã se contorceu, mas ele não se retirou. Ele tocou tanto Kan’ok’ticheck e a ampulheta. Quando ele estava em contato, fechou os olhos e estremeceu. O chefe também fechou os olhos e estava visivelmente abalado pelo o quer que estivesse atrás de suas pálpebras. Atch-zin manteve a conexão até que Kan’ok’ticheck o empurrasse, apesar de ser claramente difícil para ambos.

Eles demoraram um momento, mas então Kan’ok’ticheck se levantou e se referiu aos outros nezumis, cobertos de medo. “Ele estava certo. É o Amanhã. Ele está vindo.” Ele pausou e olhou de face em face. “Está vindo, mas não é mais o tempo de correr. Quando Amanhã vier, o enfrentaremos e o recusaremos. A Única Tribo se unirá e não seremos perdidos na memória.”

“O Amanhã vem, mas nós o derrotaremos.”
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Post  Ari Fri Jul 18, 2008 1:30 pm

outra fiction boa...

Ow Renato, saca só.... sempre que tu postar uma fiction coloca do lado do título "fiction" e se tu tiver colocando em ordem, seria legal numerar elas.

Abraços!
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Post  Renato Fri Jul 18, 2008 2:13 pm

aaa poseh esqueci de colocar no titulo fiction...agora a parada de numerar acho q nao precisa a nao ser q a propria seja dividida em partes...como a primeira foi, faço dois post pq nao nao cabe tudo em um so...blz

vlwww aeee go daigas Twisted Evil
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Post  Ari Fri Jul 18, 2008 3:38 pm

pode cre...

Mais ta massa essa parada!

Vais postar outra hj?
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Post  Renato Fri Jul 18, 2008 4:18 pm

nao nao hj nao.... a batalha na tumba ja sao 4 e postei tudo de uma vez so....vou postar outra so na segunda ou no domingo!!! blz abraços aeee
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Post  Renato Fri Jul 18, 2008 4:19 pm

detalhe nem eu li as q eu postei ate agora... Evil or Very Mad
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Post  Ari Fri Jul 18, 2008 5:11 pm

aiuhaiuhaiuhaa

blz entao... abraços!
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Post  Renato Sun Jul 20, 2008 10:10 pm

opa quer dizer q o imperador usou a mascara e matou tudo entao...eh pelo menos no final ele mostrou q nao era um simples boneco!!!
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