Death of Honor
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Presentes dos Ancestrais - Fiction

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Presentes dos Ancestrais - Fiction Empty Presentes dos Ancestrais - Fiction

Post  Renato Tue Jul 22, 2008 3:46 pm

Os artefatos de Garça e Leão parecem distrair um pouco seus samurais dos perigos que cercam os dois clãs...


Presentes dos Ancestrais
Escrito por Nancy Sauer
Editado por Fred Wan
Traduzido por Thiago Hayashi




O ritmo não era puxado, mas a cavalgada foi longa e os cavalos estavam respirando pesado quando alcançaram o topo. Seishiro olhou para Nagori e ambos pediram uma pausa para um rápido descanso. Seishiro gastou o tempo para estudar o vale abaixo dele. Jardins, campos, pequenas copas de árvores, o esplendor imposto de Kyuden Doji — nada parecia abalado ou fora de lugar.

“Não acho que os bordos ficarão muito vermelhos esse ano,” disse Nagori. Ele apontava para um grupo na descida diante deles. “Vê? Alguns deles já começaram a perder suas folhas, antes mesmo que a cor tenha aparecido.”

“Duvido que Lady Doji tenha nos convocado para conferir sobre as folhas das árvores,” disse Seishiro.

“Embora um de nós pudesse esperar por isso,” disse Nagori.

Seishiro não tinha resposta para isso. A mensagem de Domotai não veio por mensageiros humanos, mas pela boa vontade dos kamis do ar, enviados de uma das shugenjas de sua casa para Asahina Handen, e ela ordenava que Nagori em pessoa viesse para Kyuden Doji com a máxima rapidez possível. Era incomum para uma mensagem ser enviada por shugenjas dessa maneira, o que era tipicamente reservado para assuntos de importância considerável. Ela não mencionava o Imperador, ou aqueles que foram enviados atrás dele, e isso incomodava Seishiro mais do que gostaria de admitir. Nagori não tinha mencionado o assunto, mas o guerreiro pensou que também pudesse estar incomodando-o também. Em vários momentos durante a jornada, Seishiro esteve pronto para descer de sua cela com prazer e o poeta sugeriu prontamente que cavalgassem um pouco mais.

Eles esporaram seus cavalos e os enviavam pelas estradas até Kyuden Doji. Logo eles estavam adentrando um dos pátios internos do palácio. Servos chegavam para levar os cavalos, seguidos por uma jovem. Seishiro achou que ela lhe parecia familiar, mas ele não conseguia lembrar seu nome. “Saudações, Nagori-sama, Seishiro-sama,” ela disse, depois de curvar-se aos dois homens. “Lady Doji diz que irá encontrar-se com vocês imediatamente.”

Nagori curvou-se em retorno. “Obrigado, Chieri-san,” ele disse. “Por favor, diga a Lady Doji que iremos encontra-la tão logo nos banhemos e nos troquemos.”

“Minhas desculpas por não ter sido clara,” Disse Chieri. “Lady Doji diz que ela irá encontrar-se com vocês agora.” Ela pôs uma ênfase na última palavra.

Nagori e Seishiro trocaram estranheza, olhares preocupados. Aparecer na corte da Campeã da Garça sem banho e fedendo à estrada era impensável. Desobedecer uma ordem da Campeã da Garça mais ainda. “Nós é que devíamos estar nos desculpando,” disse Nagori por fim. “Você foi bem clara — nós a veremos imediatamente.”

Para alívio de Seishiro, Chieri não os havia levado para uma câmara de audiência pública mas para uma pequena sala de estudos. Domotai já estava ali, sentada a uma mesa de escrita. Os dois homens a ofereceram seus cumprimentos, cada um privadamente notando detalhes da sala e imaginando que pistas eles ofereciam sobre o encontro. Seishiro notou uma incomum katana repousando numa estante de daisho na alcova à direita. Nagori notou o pesado, pungente odor de incenso que Domotai estava queimando.

“Me dói muito ser tão rude, mas temos pouco tempo para planejar,” disse Domotai depois que dispensou Chieri. “Asahina Sekawa retornou das Terras Sombrias. O Imperador está morto.”

Seishiro curvou sua cabeça para esconder sua face. Depois de um momento, Nagori falou. “Como?”

“De acordo com Sekawa, pouco depois do Imperador encontrar a Tumba um exército de onis atacou, tentando mata-lo. Então a força do Campeão de Esmeralda chegou para defende-lo, juntamente com um regimento dos Perdidos de Daigotsu.” Domotai sorriu levemente ao olhar das faces de Nagori e Seishiro. “Então temos a confirmação da notícia de que Daigotsu está em conflito com os Lordes Soberanos dos onis. Mas para continuar, o Imperador encontrou um volume de manuscritos e outros itens na tumba, coisas que pensou serem desesperadamente importantes que o Império tenha. Tão importantes que ordenou Sekawa e aos outros oficiais traze-las de volta, enquanto ele ficou para trás, como isca.”

“Manuscritos? Que manuscritos valem a vida de um Imperador?” disse Seishiro, sua voz era brava. “Como Sekawa pôde concordar com isso? Ele deveria ser iluminado, não insano!”

“Você não falará do Campeão de Jade dessa maneira,” disse Domotai. “Embora pareça louco para nós, o Virtuoso Imperador deu um comando, e Sekawa seguiu os desejos de seu senhor. Ele estava exausto por sua jornada da Muralha para cá, mas não muito depois ele fez seu depoimento em seu caminho para Shinden Asahina para estudar os manuscritos e pôr o que puder aprender em ação.”

“E o Campeão de Esmeralda?” perguntou Nagori.

“Yasuki Hachi também está morto,” disse Domotai. “Ele se recusou em deixar o lado do Imperador.” Ela hesitou um momento, e então sua voz se amaciou, se tornou como a de uma garota que foi certa vez. “Desculpe-me, Nagori.”

“Ele fez a escolha com a qual poderia viver,” disse Nagori. Sua voz era triste, sua face congelada numa máscara de compostura. “Eu suponho... Suponho que deva escrever um poema sobre isso.”

“Sekawa retornou, Hachi pereceu, e quanto a Daidoji Kikaze?” disse Seishiro.

“Kikaze retornou,” disse Domotai, numa voz que não foi convidativa a mais questões.

“Então os Asahina e os Daidoji ainda têm um senhor,” disse Seishiro, “mas os Yasuki não. Acho que teremos dificuldades em achar um candidato aceitável para o Caranguejo.”

“O Caranguejo, infelizmente, é a menor de nossas preocupações,” disse Domotai. “Não sabemos quem é o herdeiro do Imperador.”

“Por quê? Não seria,” começou Seishiro, e então pausou. “um de seus irmãos?”

“Assim parece,” disse Domotai. “mas qual? Sezaru está em condições de governar?”

“Difícil dizer, minha Lady,” disse Seishiro “o casamento com Angai parece ter trazido alguma paz ao Lobo, mas não há como dizer como reagirá às notícias da morte de seu irmão.”

“Se for nomeado como herdeiro certamente os apoiaremos,” disse Domotai. “Mas não gosto da idéia de um Imperador insano.”

“Melhor um lunático que um ladrão,” contrapôs Seishiro.

“Ainda que possa ser Kaneka o herdeiro do Imperador, e que haja uma vantagem para nós,” disse Nagori. Ele ignorou o olhar que Seishiro lhe deu. “Ele está casado com uma Doji, e o precedente de uma Imperatriz do Escorpião não é bom.”

Domotai suspirou e enxugou sua testa levemente. A ação fazia o estômago de Seishiro doer levemente — ele viu Doji Akiko fazer o mesmo gesto várias vezes. “Manteremos nosso apoio à Imperatriz até que o herdeiro do Imperador seja conhecido e o poder transferido a ele. Enquanto isso, devemos trabalhar para aumentar nossas relações com os dois homens. Há uma última coisa.” Domotai se levantou de seu lugar, foi à estante de daisho, e reverenciando-a, pegou a katana que estava nela. Ela caminhou pela sua mesa e se ajoelhou de fronte aos dois homens, pondo a espada a poucos centímetros para que pudessem examina-la. A bainha estava ricamente laçada em azul celeste e ornada com prata. A lâmina estava livre de ferrugem e afiada, mas olhando ao miolo do aço, Seishiro achou que devesse ser velha, muito velha. “Esta espada foi achada na Tumba por Kikaze, e Sekawa se comunicou com os kamis dentro dela para descobrir sua identidade. Esta é a espada de Kakita.”

“Como pode ser?” perguntou Nagori. “A espada de Kakita está disposta na Academia Kakita — eu mesmo a vi. E não se parece em nada com esta.”

Domotai mexeu a cabeça. “Esta é a espada que Hantei deu a ele quando se casou com Doji, a espada que usou até sua morte. Esta é a espada que carregou para o norte, a espada que usou para vencer o primeiro Campeonato de Esmeralda.”

“Mas como pôde chegar à Tumba?” disse Seishiro. “Por que não há registros de seu desaparecimento?”

“Não sabemos,” disse Domotai. “Mas não parece, adequadamente falando, que desapareceu. Ordenei uma pesquisa pelos registros e há uma nota algum tempo depois do Primeiro Dia do Trovão que Kakita entregou a espada como um presente. Não é dito para quem.”

“O que fará com ela?” perguntou Nagori.

“É por isso que convoquei vocês aqui,” disse Domotai. “Sekawa está convencido de que todos os itens foram postos lá por uma razão, e que eles foram achados por uma nova razão. Ele quer que eu a dê de presente para uma pessoa de valor, para que seu propósito possa ser cumprido. Quero que me aconselhem a quem devo dá-la.”

“Um estudante dos Kakita seria o mais apropriado,” disse Nagori. “E não temos escassez de valiosos estudantes: Kakita Korihime, Kakita Matabei, Doji Seo, — ”

“Não,” disse Domotai. “Não devemos dá-la a um duelista treinado pelos Kakita.”

Nagori e Seishiro olharam para ela. “Por quê?” perguntou Nagori.

“Esta é a espada que Kakita usou para derrotar Matsu no torneio que começou a longa dívida entre nossas casas, e se a der para um duelista então tudo que farei será lembrar ambos disso. Meu pai lutou para quebrar a maldição de Chukandomo e encerrar a dívida, e não destruirei o seu trabalho.”

“Perdoe-me, Domotai-sama,” disse Nagori. “Você está certa.”

“Se este é o caso,” disse Seishiro reflexivo, “deveria dá-la a Nagori.”

“Eu?” disse Nagori.

“Por toda sua vida, Kakita estudou as artes, não apenas duelos — você é tão aluno de Kakita quanto Korihime. E ele trabalhou incansavelmente em benefício do Império, assim como você tem servido o Imperador na Corte, e antes disso, como um dos conselheiros do Campeão de Esmeralda.”

“Ele tem razão,” disse Domotai.

“Estou honrado pela comparação,” disse Nagori, “Mas certamente a espada de Kakita deve ir para alguém que possa usa-la.”

“Uma espada não precisa ser sacada para ser útil,” disse Domotai. “Meramente tê-la adicionará peso às suas palavras na corte, pois todos saberão que você recebeu uma grande honra de sua campeã. Sua influência crescerá, e você será capaz de fazer muito mais coisas por seu clã e pelo Império.”

“Vocês põem uma grande confiança em mim,” disse Nagori. “Não sei se sou digno dela.”

“Nunca duvide de mim, primo,” disse Domotai. Ela deslizou a espada de volta à bainha e presenteou Nagori com a espada. “Nunca duvidei de você.”

Nagori curvou-se profundamente e aceitou a espada
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Post  Renato Tue Jul 22, 2008 3:48 pm

Não se parecia diferente de qualquer outra urna funeral; Ikoma Yasuko tinha certeza de que poderia ir ao Saguão dos Ancestrais e achar uma dúzia iguais àquela. Ainda assim, ela não conseguia tirar os olhos dela. Estava numa pequena mesa de frente para o oratório, com nada que indicasse que continha as cinzas da Primeira Trovão do Leão.

Kitsu Katsuko estava de pé na frente da urna, oferecendo incenso e reverências. Yasuko aproveitou a oportunidade para olhar em volta. O templo estava cheio de samurais do Leão, todos pareciam ter a mesma fascinação pela urna que ela. A idéia de que as cinzas de Lady Matsu tinham sido preservadas incorruptíveis nas Terras Sombrias desde o Primeiro Dia do Trovão era muito fantástica para se acreditar, e ainda assim estavam lá. A própria Katsuko conduzia o ritual que se comunicou com os ancestrais do Leão para determinar o conteúdo da urna. Yasuko não achou que a daimyo Kitsu estivesse errada, mas ela ainda achava a idéia difícil de acreditar.

Katsuko terminou a oferenda, moveu-se para o lado e começou a recitar uma reza. Matsu Yoshino, o jovem Campeão do Leão se ergueu e ofereceu incenso. Depois dele, um por um, os senhores do Clã fizeram suas oferendas. Yasuko ergueu-se depois de seu marido e se dirigiu à urna. Enquanto deixava sua porção de incenso e curvava-se diante da urna, ela privadamente se maravilhava do quão sincero parecia o gesto. Seu sensei Escorpião a treinou para usar tais ações para manipular e enganar — mas esta era Matsu, a primeira Trovão do Leão, companheira de Shosuro, e apenas a verdadeira reverência serviria.

Ela retornou ao seu assento e esperou pacientemente pelo fim da cerimônia. Nesse momento, ela estava certa, Kyuden Bayushi estaria fervilhando com as notícias da morte do Imperador. Relatórios recentes de espiões seriam estudados, ordens de novas informações seriam enviadas, planos e planos de contingência seriam feitos. Aqui em Kyuden Ikoma o Leão perdia toda atividade supérflua — e a definição do Leão para supérflua era estranhamente abrangente — para que cerimônias honrando Toturi III e celebrações do retorno de Matsu ao reino mortal pudessem ser feitas. Ela poderia considerar as ações do Leão tolas no passado, mas Yasuko agora os conhecia melhor. Os Leões estavam apenas interessados em quem seria o próximo Imperador, mas eles não esqueceram que eles eram. Eles eram o Clã Leão, a Mão Direita do Imperador, o clã que deposita sua devoção no bushido, na honra, e nos ancestrais acima de todas as outras coisas. Da perspectiva do Leão, ela achava, as atividades do Escorpião falavam de uma certa falta de auto-confiança.

O ritual chegou ao fim, com Katsuko oferecendo algumas palavras finais de como Lady Matsu certamente os guiaria em qualquer que fosse o futuro do clã. Uma última rodada de reverências dos samurais reunidos e estava acabado. Yasuko esperou pacientemente até que Otemi viesse busca-la. “Yoshino-sama deseja que nos encontremos com ele em uma hora,” ele a contou. Yasuko apenas concordou. Era a hora dela se tornar uma Escorpião de novo.






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“Eu não entendo!” disse Yoshino. “Por que não sabemos quem é o herdeiro do Imperador?”

“O Imperador Virtuoso era um homem que entendia bem o valor da informação, meu Campeão,” disse Otemi. “Sua escolha de qual irmão o sucederia, caso ele morresse sem saída, daria visões aos seus pensamentos, visões que ele não queria dar aos seus inimigos.” Sem mencionar, pensou Yasuko, uma razão para que alguns quisessem sua cabeça. Mas esse era um pensamento que um Leão nunca pensaria, e que nem mesmo um Escorpião falaria.

“Inimigos,” disse Yoshino com desdém. “Traidores! Somos a Mão Direita do Imperador. Seus inimigos tremem de medo de sermos derramados sobre eles.”

“O Clã Leão jurou ao Imperador Esplêndido que agiríamos para proteger o Império, não o Imperador,” disse Otemi. “Seu filho nunca nos pediria que transgredíssemos esse juramento.”

“Talvez precisemos jurar um novo juramento,” disse Yoshino. “O Imperador talvez não tivesse ninguém para confiar, então foi sozinho para as Terras Sombrias e foi morto. De que isso serve para o Império?”

Otemi pareceu querer falar, mas então pausou como se contido por um pensamento. “Há verdade em suas palavras, Yoshino-sama. Mas apenas o Imperador aprovaria tal mudança.”

“Ou a Imperatriz,” disse Yasuko. Os dois olharam para ela em surpresa. “Ela foi especificamente deixada em cargo da Corte Imperial enquanto o Imperador se retirava. Até que seu herdeiro esteja oficialmente coroado, ela fala com a voz do Imperador.”

Yoshino sorriu triunfantemente. “Otemi-san, você preparará a petição necessária imediatamente.”

“Como quiser, meu Campeão,” disse Otemi. “Também posso preparar uma resposta para a oferta de Doji Domotai?”

“Casamento,” disse Yoshino. “Por que me casaria com uma Garça?”

“Devemos fortalecer nossas alianças com eles, Yoshino-sama,” disse Otemi com paciência.

“Ela já é forte,” disse Yoshino. “Domotai foi treinada pelo Leão, e ela está casada com o filho de Korin. Por que devemos dar-lhes a chance de influenciar nossas ações?”

Os olhos de Otemi caíram sobre sua esposa por uma fração de momentos; Yasuko não teria visto se já não estivesse esperando por isso. “Yoshino-sama, não é questão deles nos influenciarem, mas de nós os influenciamos. A Liderança não diz ‘pareça fraco quando você está forte?’” Ela esperou que concordassem para continuar. “Nossa influência sobre a Campeã deles é tão forte agora que fará os membros de mente fraca de sua corte terem medo. Casando-se com uma Garça você os acalmará e dificultará que argumentem contra nós.”

Yoshino considerou isso. “Liderança se aplica à Corte?”

“Sem dúvidas,” disse Yasuko. “Cortesãos são samurais, assim como a corte é um campo de batalha.”

“Então, eu o farei,” disse Yoshino.

“Terei a carta escrita,” disse Otemi. “Apenas resta a questão de honrar Matsu Benika. Alguns propuseram que uma família de vassalos seja criada, mas acho que uma simples concessão de terras—”

“Escolhi o presente para ela,” anunciou Yoshino. “Ela deve receber Chukandomo.”

“Chukandomo?” disse Otemi.

“Chukandomo,” disse Yoshino. “Ela foi forjada por um Trovão, qual seria um presente apropriado para aqueles que recuperaram um Trovão. E foi dada como presente ao meu pai pelo próprio Doji Kurohito, então isso acalmará os Garças nervosos com os quais você se preocupa.” Ele sorriu triunfantemente.

“Sim,” disse Otemi. “Sim, acalmará, Yoshino-sama. Precisaremos acha-la, e então prontificar a cerimônia.”

“Sei onde está,” disse Yoshino. “Está nos quartos de minha tia em Shiro Matsu. Meu pai deu a ela, e ela a usou em importantes cerimônias antes... Antes...” Ele esteve quieto por um momento. “Ela me disse que era uma espada que amava honra.”

“Então deixe Benika usa-la com honra,” disse Otemi.

Quando Yoshino se foi, Otemi se virou para sua esposa. “Você não recebeu as notícias?” Ela balançou a cabeça enquanto suspirava. “O Império não conhecerá a verdadeira paz até sabermos quem é o herdeiro.”

“Benika se lembra que houve um grupo que deixou o campo de batalha depois que o de Sekawa o fez. Um deles, um Mantis, pareceu ter novas notícias.”

“E ele não deixaria essa decisão até o último momento, deixaria?”

Yasuko deu de ombros. “Ele foi aluno de dois Imperadores. Quem pode prever sua mente? E não perdemos nada por investigar.”

“Não temos influência com o Mantis.”

“Se você tem kokus, você tem bastante influência com o Mantis.”

“Confiarei isso a você, então. Korin está ocupado vigiando o Unicórnio. As recentes ações do Khan não fazem sentido, e isso é perturbador.”

“Como quiser, meu marido. Mas... Você sabe que deveremos dividir o que aprendermos.”

“Eu sei.” Otemi deu à sua esposa um gélido sorriso. “Paneki diz ser o Defensor do Império; compartilharemos o que sabemos e julgaremos sua reclamação pelo que fizer com ela.”

Yasuko curvou-se levemente e saiu. Enquanto caminhava pelas salas ela passou por um bordo que começava a ficar vermelho. Em anos anteriores, ela sempre aproveitava a explosão de cor que caía no severo castelo Leão. Agora ela pensava se possivelmente evitaria ver que suas folhas ficavam com a cor de sangue fresco.
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